Música e Cognição: Sons para Cérebros Melhores
- Elisabeth Bueno de Camargo

- 4 de mar. de 2024
- 2 min de leitura
A relação entre música e cognição é um campo intrigante que revela a música como mais do que mera arte, ela é uma ferramenta científica valiosa que amplia nossa compreensão do cérebro e enriquece a neurociência com insights sobre o aprimoramento cognitivo.
A complexa estrutura de determinadas peças musicais (com seus ritmos, melodias, harmonias, texturas e formas) estimula o cérebro de maneiras que promovem o aprendizado, a memória, a atenção e a habilidade motora. Estes benefícios são universais, ajudando desde crianças a idosos, inclusive aqueles enfrentando desafios como TDAH, dislexia, atrasos na aprendizagem, lesões cerebrais e demências.
No coração dessa exploração científica está o ouvido, um órgão cujo papel vai muito além da simples percepção sonora. Ele é fundamental para a estimulação cerebral, afetando diretamente o desenvolvimento cognitivo e a capacidade de aprender, de se comunicar e interagir com o mundo. O ouvido é, portanto, um canal essencial para a saúde cognitiva, atuando como um mediador entre o ambiente sonoro e o processamento cerebral.
Alfred Tomatis, um visionário otorrinolaringologista francês, foi pioneiro em desvendar a profunda conexão entre ouvido, linguagem e o comportamento humano.
Seu trabalho, embora ainda pouco conhecido no Brasil, demonstrou como a audição não é apenas um sentido passivo, mas uma força ativa na modelagem da comunicação e do comportamento social. As terapias auditivas inspiradas por Tomatis oferecem caminhos promissores para superar barreiras cognitivas e comunicativas, evidenciando a potência da audição como ferramenta terapêutica.
Assim, a música se destaca como um recurso valioso para o desenvolvimento cerebral e

reabilitação, abrindo novas frentes para o tratamento de condições cognitivas. As pesquisas nesse domínio continuam a desvendar o potencial terapêutico da música e da audição, sublinhando a importância de integrar essas abordagens às práticas neurocientíficas e educacionais. Ao aprofundarmos nosso entendimento sobre o impacto da música no cérebro, podemos desenvolver estratégias mais eficazes para utilizar seu poder em benefício da função cognitiva em todas as faixas etárias!

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